23 de junho de 2003

UMA MULHER CONTRA UM FUNDO AZUL-TURQUESA
Sai-se do filme "Respiro", de Emanuele Crialese, com vontade de falar. Da hist?ria forte e impecavelmente contada; dos actores, maravilhosos de espontaneidade, t?o bem dirigidos que dir-se-ia estarem apenas a falar das suas vidas; da realizaç?o que mostra o detalhe para num golpe de travelling abrir o plano numa piet? colectiva....
"Respiro" é um filme feliz. No sentido das obras completas. Daquelas em que temos mais dificuldades em dizer do que mais gost?mos, pois foi de tudo, o nosso enlevo.
"Respiro" é um filme Natural, porque tudo foi tratado para parecer estar a acontecer diante dos nossos olhos. A emoç?o é veros?mil. E, como alguém j? escreveu, d?-nos toda a força da melancolia através do embrulho do riso e da alegria.
Ao sair, s? tinha uma frase na cabeça, despropositada, mas n?o conseguia tir?-la de l?: no dia em que os portugueses conseguirem fazer um filme t?o simples e ao mesmo tempo t?o perfeito poderemos deixar de fazer bluff. N?o é preciso gritar "? formid?vel" quando esse estado de graça é totalmente evidente.

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